Diário Insular | Desporto | Futsal | Daniel Costa | 18.MAR.13
MATRAQUILHOS IMPOTENTE PARA TRAVAR (1-3) ARMADA AZUL DE BELÉM
Contra factos não
houve argumentos
MATRAQUILHOS caiu para o último lugar da Segunda Divisão de Futsal - Série "B"
Matraquilhos fez o que pôde. Foi uma equipa diligente e sem receios, mas não bastou para contrariar o maior poderio contrário.
DANIEL COSTA | di
A formação de Belém à partida para este jogo era um dos líderes da prova, em igualdade pontual com a congénere do Quinta dos Lombos, totalizando os dois 35 pontos, contra os 10 dos terceirenses do Matraquilhos que ocupavam o último lugar, uma vez que o Rangel, que havia vencido a formação da Terra Chã, voltou a triunfar na véspera, agora perante Os Torpedos.
Por tudo isto, aos dois conjuntos só a vitória interessava, só que obviamente por objetivos distintos: aos lisboetas para se manterem na frente da classificação, enquanto os locais necessitavam dos três preciosos pontos para fugir de tão incómodo lugar.
Impulsionado pelo forte apoio vindo das bancadas, o Matraquilhos entrou bem no encontro e logo ao abrir teve nos pés de Carlos Silva uma oportunidade flagrante para marcar, mas o atleta, isolado e em posição frontal, não foi capaz de bater Roger.
E nestas coisas repete-se um filme visto e revisto: não se concretizam situações claras e depois o adversário, mais matreiro e experiente, quando tem hipóteses de visar as redes torna-se letal, como aconteceu pouco depois com Canina a bater Nuno Cardoso pela primeira vez.
Os pupilos de Nuno Vieira tentaram reagir, chegaram mesmo a incomodar o todo-poderoso Belenenses, mas Bruno Martins dilataria a vantagem ao concluir pela direita uma ofensiva da equipa da Cruz de Cristo, um golo que veio numa altura em que os visitados mantinham alguma pressão sobre a equipa azul.
A vencer por uma diferença de dois golos ainda antes dos dez minutos, os continentais aproximaram mais o seu quadrado, defendendo e atacando em bloco, fazendo circulação de bola e imprimindo maior velocidade ao seu jogo apenas em contra-ataque, ou seja, iniciaram cedo a contenção dos acontecimentos.
Embora em desvantagem, o Matraquilhos foi uma equipa competente. Procurou por todos os meios romper a cortina defensiva azul, conseguiu mesmo um situação ou outra para pelo menos fazer o ponto de honra ainda antes do intervalo, mas voltou a pecar na finalização.
Mantendo a filosofia que vinha da primeira parte, o Belenenses entrou descontraído, numa atitude de contenção pura, facto bem aproveitado pela equipa da Terra Chã que, acreditando sempre, se tornou num adversário cada vez mais incomodo e persistente. Como tal, viria a colher os frutos justos desta postura quando Carlos Rui visou as redes de Roger e Tony, pleno de oportunidade junto ao poste, empurrou para o golo.
Cresceu ainda mais o Matraquilhos, só que o Belenenses de pronto contrariou esta tendência, imprimindo um ritmo elevado, o que tornou o prélio completamente aberto.
Todavia, a maior experiência voltaria a desequilibrar quando Bruno Martins aproveitou uma desatenção da defesa local para fazer o terceiro dos forasteiros, ao aproveitar da melhor forma uma bola perdida, após uma excelente defesa de Nuno Cardoso.
Arbitragem: regular.
SEGUNDA DIVISÃO - 18.ª JORNADA
Complexo Desportivo Tomás de Borba
Árbitros: Rui Silva (AF Viseu) e Francisco Dias (AF Porto)
Cronometrista: Duarte Mourão (AFAH)
Ao intervalo:
0-2
Matraquilhos 1
Nuno Cardoso (cap.)
Carlos Silva
Tércio Perdigão
Fábio Raposo
Carlos Rui
SUPLENTES
Carlos Garcia, Paulo Areias, Armindo Cabral, Nelson Silva, Tony, Luís Leite e Nelson Laranjo.
TREINADOR
Nuno Vieira.
Belenenses 3
Roger
Canina
Zé Daniel
Bruno Pinto
Drula (cap.)
SUPLENTES
Vando, Osvaldo, Leandro, Bruno Martins e Cautela.
TREINADOR
Carlos Teixeira.
Disciplina: cartão amarelo para Tércio Perdigão (19m), Bruno Martins (23m), Carlos Silva (35m) e Cautela (36m).Marcadores: Canina (3m), Bruno Martins (8m), Tony (27m) e Bruno Pinto (34m).
MA-TRA-QUI-LHOS!!!